Thursday, October 18, 2007

Fragmento XXXI

Meu amor,
Minha alegria.
Minha taça de champagne,
borbulhante de ternura.
Minha nuvem de oiro azul,
estriada em cor de sangue.
Meu coração palpitante.
Minha sede de infinito,
perfumada de jasmim.
Ramo sou de marmeleiro.
Lírio aceso. Ventre em flor.
Corpo errante que uma alma habita
- eu própria tornada estranha -
rogo-te pragas, gemo e balbucio.
Em quatro tempos,
dança e sabre,
mão e chama.

Mensagem cifrada, algarismos trocados
em nota de rodapé:
não te pertenço ou amo.
Como sabes.