Tuesday, October 30, 2007

Fragmento XXXIII

Fim de tarde em Novembro,
em revoada, os pássaros
buscam as árvores.
Ardem-me as lágrimas, a raiva,
a poeira no rosto,
a alma sem guarida, a carne que sangra,
e em mim é outra que sofre, passiva,
perdida nos abismos da memória.

2 comments:

Ricardo António Alves said...

Esplêndido poema,
esplêndida a música que o encima.

estrelicia esse said...

Desde que descobri que tenho um leitor simpático sinto que é quase um dever manter o blogue em actividade e publicar regularmente alguma coisa. E depois há o prazer de reunir e guardar num espaço meu algumas das músicas e das imagens que mais gosto ou que de alguma forma me impressionaram.